A
lenda do cabeça de cuia
No estado do Piauí
Nas margens do rio Parnaíba
A historia do jovem Crispim
E sua humilde família
Crispim perdeu o seu pai
Quando ainda era bebe
Tinha uma vida simples e difícil
Faltando sempre o que comer
Pescador igualmente seu pai
Vivia com a mãe em uma humilde casinha
Em uma época que rio não estava para peixe
Ele se lastimava da sorte que tinha
Em uma noite de pescaria fraca
Sopa da sobra de ossos secos sua mãe preparou
Como era de costume ele com muita fúria
Com toda força em sua mãe arremessou
Acertou em cheio na sua cabeça
Uma maldição ela lançou antes de morrer
Ele iria vagar nas margens do rio
A procura de peixes e animais mortos para comer
Ainda continuou falando
Que sua maldição ia se perpetuar
Sete virgens chamadas de Maria
Ele ainda tinha que devorar
Tomado pelo medo e desespero
Ao tomar consciência de seu crime praticado
Correu e se afogou nas águas do rio
Seu corpo nunca foi encontrado
Segundo os ribeirinhos
Com o efeito da maldição
Crispim não morreu e se transformou
Em um bicho aquático sem coração
E sua cabeça grande no formato de cuia
Deve-se ao grande peso da consciência
Por ter matado sua mãe daquela forma
Que ainda hoje sente a sua ausência
Moaci C Silva
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