quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Lenda em Poemas


LENDAS EM POEMAS

LOBISOMEM


Reza a lenda que uma mulher

Quando tem 7 filhas e oitavo é homem

Triste sina será o deste menino

O seu fim é virá lobisomem

Outros dizem também

Se uma mulher tiver um filho com um padre

Seu destino também é o mesmo

Carregará pra sempre essa maldade

Na primeira noite de terça ou sexta

Quando 13 aninhos completar

Ali no silencio da noite

Olha pra lua e começar a uivar

Daí em diante não tem mais sossego

Em locais horripilantes corre pra lá

Juntamente com cachorros faz festas

Aterroriza aquele lugar


Antes do nascer do sol

Na ultima vez que o galo cantar

O lobisomem retorna as origens

Virando homem voltando ao seu lar


E para quebrar seu encanto

Veja bem como fazer

Chegue perto dê uma paulada

Nunca deixe ele perceber


Tem que bater muito forte

Uma gota de sangue lhe atingir

Você virará lobisomem

E com ele vai contribuir

O mundo inteiro conhece

As formas de como ele ataca

No cinema é grande sucesso

Só morre com uma bala de prata

Em qualquer cidade ou vila

Virara mitologia local

É uma grande punição

Pra quem pratica o mal


De origem grega

Se tornou universal

Incontáveis versões ela tem

Com aparência de um animal















O CURUPIRA


Primeiro duende selvagem

Que protege a natureza

Enganando caçadores

Na procura de suas presas


Muito temido pelos índios

Ressuscita os animais

Um Deus das florestas e vales

Historias que não acabam mais

No amazonas só tem um olho

E pernas sem articulações

Cabeça pelada e corpo peludo

Sem orifício pra as excreções

Do Maranhão ao Espírito Santo

Chama-se assim Caipora

Gosta de fumo é negociador

Se fizer bom negócio vai embora

Se é traído fica zangado

Pobre do caçador que ele pegar

Leva uma surra de cipó espinhento

Que nunca mais volta lá

Na América Latina e Central

Ele também é lenda urbana

Seduzindo assim as mulheres

Levando para uma cabana

Suas historia são tantas

Que às vezes parece mentira

Só não pode é quebra o encanto

Da lenda do Curupira

A origem é da mitologia Tupi

Pelos portugueses documentados

Preferido pelas crianças

Muito popularizado









SACI PERERÊ


Trazida desde a escravidão

Suas travessuras encantam você

Todos conhecem esse negrinho

É o Saci Pererê


No Brasil é de origem Tupi

Considerado um brincalhão

E visto também como um ser maligno

Depende da região

Essas são suas travessuras

Como gosta de aprontar

Esconde brinquedos, mete medo

Animal preso ele adora soltar

Derrama sal na cozinha

Faz tranças na crina do cavalo

Vem no meio do redemoinho

Ô negrinho abusado!

Seu ponto fraco vem da água

Não atravessa córregos nem lagoa

A sua carapuça esconde um segredo

Quem a pega tem vida boa

Do amazonas ao Rio Grande do Sul

O mito sofre variações

Isso mostra a grande riqueza

De nossas cinco Regiões

Em são Paulo é um negrinho

E Que usa boné vermelho

Gosta de frequentar brejos

Assustando os cavaleiros

No Rio grande do Sul é um menino

Que pula de uma perna só

Atormenta os viajantes noturnos

Faz perder o caminho sem dó

Das lendas é a mais engraçada

Pela riqueza de travessuras

De origem pobre e humilde

Faz parte de nossa cultura

Você conhece alguma criança

Que faz travessuras e ri

Todo menino sapeca

Nos faz lembrar o Saci








IARA


Metade mulher metade peixe

Homem nenhum resiste seu cantar

Linda sereia que vive na água

Leva a sua presa para o fundo do mar


Seu canto é maravilhoso

Sua voz enfeitiça os pescadores

Os ouvidos não esquecem

Aliviam todas as dores


Seus cabelos são enormes

Mudam de cor conforme a região

Preto, castanhos e loiros

Use sua imaginação

Um dia um belo índio

Remava em sua canoa

Quando ouviu o seu canto

Atirou se dentro da lagoa

Uns dizem que naquela noite

Houve festa no chão do rio

Viveram felizes para sempre

Ninguém nunca mais a viu

Por isso tenha cuidado

Quando sair para pescar

Se ouvir um canto misterioso

Corra logo desse lugar!

Ela deixa sua casa no fundo das águas

E sai para passear

Em busca de sua próxima vitima

A linda mulher sai a vagar

Toda moça bonita

Nós chamamos de sereia

Seja ela na cidade

Ou bem longe na aldeia


Essa história é de origem europeia

Contada pelos primeiros habitantes

Da nossa rica região Amazônica

Fauna, flora, ouro e diamantes


De todas as lendas, és a mais linda

Fala de nossas riquezas

Da água, líquido precioso da vida

E da mulher e sua beleza








Boi tatá- COBRA GRANDE

Monstro com olhos de fogo

É quase cego durante o dia

A noite ele vê tudo

Nada escapa de sua valentia

Reza a lenda que o boi tatá

Sobreviveu a uma grande enchente

Um dilúvio que cobriu a terra

Sem haver nenhum sobrevivente

Vejam só como ela fez

Dentro de um enorme buraco escapou

Ficando numa escuridão

Seu olho de tamanho aumentou


Desde então vive a vagar

Pelos campos comendo restos de animais

Seus olhos de tão grande vê tudo

Ao comer olho eles aumentam ainda mais

Quando está zangado

Persegue os viajantes

É fogo de um lado pra outro

Um grande facho cintilante


Dizem que o boi tatá

É espírito de gente ruim

Também é uma alma penada

Ateando fogo no capim


A ciência diz: é um fenômeno

Grandes tochas em movimento

Gases que saem dos pântanos

Que não há encantamento


É de origem indígena

Entre eles causa assombração

É mais uma lenda contada

Que tem uma grande lição


MOACI DA CONCEIÇÃO SILVA