LENDAS EM POEMAS
LOBISOMEM
Reza a lenda que uma mulher
Quando tem 7 filhas e oitavo é homem
Triste sina será o deste menino
O seu fim é virá lobisomem
Outros dizem também
Se uma mulher tiver um filho com um padre
Seu destino também é o mesmo
Carregará pra sempre essa maldade
Na primeira noite de terça ou sexta
Quando 13 aninhos completar
Ali no silencio da noite
Olha pra lua e começar a uivar
Daí em diante não tem mais sossego
Em locais horripilantes corre pra lá
Juntamente com cachorros faz festas
Aterroriza aquele lugar
Antes do nascer do sol
Na ultima vez que o galo cantar
O lobisomem retorna as origens
Virando homem voltando ao seu lar
E para quebrar seu encanto
Veja bem como fazer
Chegue perto dê uma paulada
Nunca deixe ele perceber
Tem que bater muito forte
Uma gota de sangue lhe atingir
Você virará lobisomem
E com ele vai contribuir
O mundo inteiro conhece
As formas de como ele ataca
No cinema é grande sucesso
Só morre com uma bala de prata
Em qualquer cidade ou vila
Virara mitologia local
É uma grande punição
Pra quem pratica o mal
De origem grega
Se tornou universal
Incontáveis versões ela tem
Com aparência de um animal
Primeiro duende selvagem
Que protege a natureza
Enganando caçadores
Na procura de suas presas
Muito temido pelos índios
Ressuscita os animais
Um Deus das florestas e vales
Historias que não acabam mais
No amazonas só tem um olho
E pernas sem articulações
Cabeça pelada e corpo peludo
Sem orifício pra as excreções
Do Maranhão ao Espírito Santo
Chama-se assim Caipora
Gosta de fumo é negociador
Se fizer bom negócio vai embora
Se é traído fica zangado
Pobre do caçador que ele pegar
Leva uma surra de cipó espinhento
Que nunca mais volta lá
Na América Latina e Central
Ele também é lenda urbana
Seduzindo assim as mulheres
Levando para uma cabana
Suas historia são tantas
Que às vezes parece mentira
Só não pode é quebra o encanto
Da lenda do Curupira
A origem é da mitologia Tupi
Pelos portugueses documentados
Preferido pelas crianças
Muito popularizado
Trazida desde a escravidão
Suas travessuras encantam você
Todos conhecem esse negrinho
É o Saci Pererê
No Brasil é de origem Tupi
Considerado um brincalhão
E visto também como um ser maligno
Depende da região
Essas são suas travessuras
Como gosta de aprontar
Esconde brinquedos, mete medo
Animal preso ele adora soltar
Derrama sal na cozinha
Faz tranças na crina do cavalo
Vem no meio do redemoinho
Ô negrinho abusado!
Seu ponto fraco vem da água
Não atravessa córregos nem lagoa
A sua carapuça esconde um segredo
Quem a pega tem vida boa
Do amazonas ao Rio Grande do Sul
O mito sofre variações
Isso mostra a grande riqueza
De nossas cinco Regiões
Em são Paulo é um negrinho
E Que usa boné vermelho
Gosta de frequentar brejos
Assustando os cavaleiros
No Rio grande do Sul é um menino
Que pula de uma perna só
Atormenta os viajantes noturnos
Faz perder o caminho sem dó
Das lendas é a mais engraçada
Pela riqueza de travessuras
De origem pobre e humilde
Faz parte de nossa cultura
Você conhece alguma criança
Que faz travessuras e ri
Todo menino sapeca
Nos faz lembrar o Saci
IARA
Metade mulher metade peixe
Homem nenhum resiste seu cantar
Linda sereia que vive na água
Leva a sua presa para o fundo do mar
Seu canto é maravilhoso
Sua voz enfeitiça os pescadores
Os ouvidos não esquecem
Aliviam todas as dores
Seus cabelos são enormes
Mudam de cor conforme a região
Preto, castanhos e loiros
Use sua imaginação
Um dia um belo índio
Remava em sua canoa
Quando ouviu o seu canto
Atirou se dentro da lagoa
Uns dizem que naquela noite
Houve festa no chão do rio
Viveram felizes para sempre
Ninguém nunca mais a viu
Por isso tenha cuidado
Quando sair para pescar
Se ouvir um canto misterioso
Corra logo desse lugar!
Ela deixa sua casa no fundo das águas
E sai para passear
Em busca de sua próxima vitima
A linda mulher sai a vagar
Toda moça bonita
Nós chamamos de sereia
Seja ela na cidade
Ou bem longe na aldeia
Essa história é de origem europeia
Contada pelos primeiros habitantes
Da nossa rica região Amazônica
Fauna, flora, ouro e diamantes
De todas as lendas, és a mais linda
Fala de nossas riquezas
Da água, líquido precioso da vida
E da mulher e sua beleza
Monstro com olhos de fogo
É quase cego durante o dia
A noite ele vê tudo
Nada escapa de sua valentia
Reza a lenda que o boi tatá
Sobreviveu a uma grande enchente
Um dilúvio que cobriu a terra
Sem haver nenhum sobrevivente
Vejam só como ela fez
Dentro de um enorme buraco escapou
Ficando numa escuridão
Seu olho de tamanho aumentou
Desde então vive a vagar
Pelos campos comendo restos de animais
Seus olhos de tão grande vê tudo
Ao comer olho eles aumentam ainda mais
Quando está zangado
Persegue os viajantes
É fogo de um lado pra outro
Um grande facho cintilante
Dizem que o boi tatá
É espírito de gente ruim
Também é uma alma penada
Ateando fogo no capim
A ciência diz: é um fenômeno
Grandes tochas em movimento
Gases que saem dos pântanos
Que não há encantamento
É de origem indígena
Entre eles causa assombração
É mais uma lenda contada
Que tem uma grande lição
MOACI DA CONCEIÇÃO SILVA