terça-feira, 10 de maio de 2016

Pluralidade cultural



Pluralidade cultural


Para viver democraticamente

Em uma sociedade plural

Respeito vem em primeiro lugar

A cada grupo social


A sociedade brasileira

É formada por diferentes etnias

Imigrantes de diferentes países

Se você é um bom leitor já sabia


Todas as regiões brasileiras

Tem culturas diferenciadas

O lado negativo que ainda impera

É o preconceito e a descriminação que não para


Eis aí o grande desafio da escola

Reconhecer essa diversidade

Como parte inseparável da identidade nacional

Sendo ela do campo ou da cidade


Essa grande riqueza etnocultural

Em que cada cultura se sustenta

Na superação de qualquer discriminação

Nessa riqueza cultural trabalho escravo não entra


 O trabalho com pluralidade cultural

Dá-se a cada instante e a cada dia

Baseado na tolerância e no respeito

Dos direitos humanos e na noção de cidadania


A escola precisa sempre alimentar

Uma gigantesca cultura de paz

Que uns não sejam diferentes do que os outros

Que unidos seremos fortes e a escravidão fica para trás


A constituição federal de 1988

Estabeleceu como crime a discriminação racial

Mais ainda é muito forte e a resistência é muito grande

De um bom desfecho final



Moaci c silva blog do moaci literatura de cordel


A Lenda do Bumba meu Boi



A lenda do bumba meu boi

Do período da escravatura

Esta lenda assim surgiu

Mostra relações de poderes

De uma fazenda nas margens de um rio


Catirina e Francisco, um casal de escravos

Viviam um situação inusitada

Grávida do seu primeiro filho

A língua do boi desejava


Seu marido tentou de tudo

Para o boi do patrão não matar

Matou e cozinhou a língua pra sua amada

O resto com os vizinhos foi compartilhar


Dias depois seu patrão

Desconfiou da falta do boi mais bonito

No qual tinha custado muito caro

Tinha mandado trazer do Egito


Um dos escravos do qual

Não tinha ganhado um pedaço de carne

Contou que tinha sido Francisco

Que fez tamanha crueldade



Inconsolado o fazendeiro caiu no choro

Francisco e Catirina fugiram pra outro lugar

Ele queria só o seu boi de volta

Mesmo  que o boi  tivesse que ressuscitar


Chamou rezadeiras e curandeiras

Fizeram de tudo para o boi retornar

O rabo, xifre e esqueleto do boi

Permaneciam  no mesmo lugar


A historia da morte chegou até a cidade grande

Catarina e Francisco sentiram arrependimento e pena

Seu filho que já estava um rapaz

Pediu aos pais que levassem até a fazenda


Chegando os três na propriedade

Ainda com medo de algum castigo

O filho pegou o rabo do boi e soprou o esqueleto

O boi voltou a viver sem perigo


Saiu chifrando quem atravessava seu caminho

O fazendeiro não se aguentava de tanta alegria

Perdoando Catarina e Francisco por tudo

De agora em diante só festa e cantoria

Moaci c silva