sábado, 15 de outubro de 2016

Eu era Feliz e não tinha modernidade



Eu era  Feliz e não tinha modernidade

Eu cresci me alimentando

O que meus pais colocavam na mesa

Sempre respeitei as pessoas mais velhas

Isso pra  mim era a maior riqueza



A TV tinha imagem preto e branca

Possuía apenas 4 canais

Jamais eu mudava com medo de estragar

Sempre respeitando os gostos dos meus pais



Ao levantar sempre arrumava minha cama

Chegava na escola fazia o juramento a bandeira

Usava chinelo de dedo e uma bolsa de pano

Bebia agua morna direto da torneira



Brincava descalço com a chinela atrás da porta

Sempre usei tênis barato sem marca e roupa barata

Em casa sempre ajudei a minha mãe

Tirava boas notas era obrigação nada ganhava



Nunca tive celular computador ou tablete

Tudo tinha sua hora de brincar trabalhar e dormir

Não existia exploração infantil

O que eu ganhava com meus irmãos tinha que dividir



Antes de dormir tomava a bênção

Participávamos das conversas dos adultos também

Vivi, Sobrevivi e não sou revoltado

E nunca desejei a minha vida pra ninguém



Hoje vejo muito mimo nas crianças

Elas hoje tudo podem só tem direitos

Não podem levar nenhuma palmadinha

Viram adultos e continuam criando os filhos do mesmo jeito



Blog do Moaci literatura de cordel






















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